quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Capítulo Extra 1



O avião fechou e Isabela não parava de gritar. Seu desespero durou, estimaram, por duas horas. Chorou, bateu nas paredes, rolou pelo chão.
Aquilo deixou todos os passageiros ainda mais atordoados com aquele problema. O tempo ia passando e sempre mais um morria. Sempre a morte estava ao redor, pronta pra levar a próxima vida.
Estavam todos sentados como que de luto. Não especificamente por essa morte, mas pela constante perda que a vida havia se tornado. Pelo que parece, o Roberto, que morreu dessa vez, não era muito de conversa. Ele se isolava muito. Só Isabela mesmo que não desgrudava dele por nada.
A agonia dela perfurava todos os outros. Até Felipe, que geralmente se mantia apático, parecia perturbado com ela.
Num dado momento ela parou de se debater e foi para o fundo do avião. Ela se abaixou e abraçou as pernas. Balançava para frente e para trás compulsivamente, olhando sempre pro mesmo ponto no chão, no qual ninguém pôde ver qualquer coisa.
Passaram por uma turbulência e Augusto caiu no chão. Ele mesmo não conseguia imaginar um motivo para não ter prendido o cinto de segurança. Sempre se considerou um indivíduo precavido.
Encontrou um pacote de camisinha no chão. Pegou e ficou olhando. Afinal, por que razão ele tinha pego aquilo do chão? Porque ele estava fitando para aquilo?
Na verdade foi essa pergunta que o manteve olhando para o objeto, procurando nele alguma informação que servisse como pista. Leu tudo o que estava escrito na embalagem e acabou guardando o objeto no bolso.
Felipe estava dormindo tranqüilo e teve um sonho.

Ele nadava num lago de fogo. Foi até a borda e escalou um pico de pedra. A rocha quente estava quase derretendo, e quando ele a segurava a sua mão penetrava, o que dava a ele a possibilidade de continuar subindo. Lá no topo, encontrou uma nuvem negra. A mesma nuvem de sempre, que lhe falava nos sonhos. Ele a chamava de nuvem de nada ou nuvem do nada.

- Me invocou, pai? – perguntou Felipe
- Sim. Sua intervenção se mostra necessária.
- Porque?
- O representante humano das trevas tem interesse pessoal nisso.
- Interesse pessoal? Humano? Aquilo é um ser humano?
- Não se engane pelas formas. É um humano e está deixando sua identidade material falar mais alto que a própria essência. Seu objetivo aqui não será o de realizar os desejos dele, mas apenas mostrar que não só é impossível como também inadequado aos meus planos.
- Por quê?
- Ele está a muito tempo nessa posição. O seu íntimo já não suporta tal existência. Em breve alguém terá que tomar seu lugar.

Um trono se ergueu numa plataforma. Nos braços, dois esqueletos deformados serviam de enfeite. Era toda feita de rocha negra, como que queimada.

- Que eu tenho que fazer?
- Só seja receptivo. Você receberá as instruções diretamente dele. Deixe-se levar.
- Sim.

Ele acordou no avião com Augusto soltando o cinto de segurança. Ele foi até o fundo do avião.
Ali perto havia um banheiro, e Felipe o seguiu impulsivamente. Quando percebeu o que estava fazendo, entrou no banheiro e ficou lá dentro ouvindo. Assustou-se com tal atitude involuntária, mas lembrou do sonho e imaginou que seria isso que a nuvem do nada tentava dizer.

- Está tudo bem contigo, Isa?
- Inferno! O inferno se ergue até esse mundo! O diabo!
- Do que você está falando?
- Você não vê? Está por toda a parte. Está aqui neste exato momento. O espírito das trevas! – gritou ela chorando. – estamos condenados! Todos nós!
- olhe, eu sei que estamos num momento difícil, mas te garanto que tudo será resolvido. Sei que você esta triste com a morte do Roberto, mas...
- Não fala isso! – ela o interrompeu. – Se ele morrer, tudo estará perdido!

Ele segurou a mão dela e beijou. Se sentou do lado dela no chão e ela apoiou a cabeça em seu ombro.

- Me fala do que você ta sentindo. – disse Augusto
- O mal, augusto. É o mal! Está destruindo todo o mundo, corroendo tudo. Isso está longe do fim. Nós não estamos indo para um lugar seguro. Não. Estamos indo para a cova do leão. A casa do diabo!
- olha Isa, eu sei que toda essa tragédia é difícil. Você já perdeu muita coisa na sua vida. Mas você precisa ser forte. Não pode se entregar dessa maneira. Me desculpa se isso te ofende, mas não tem como sabermos nada sobre pra onde estamos indo.
- Seu idiota! – berrou ela.
- idiota porque?
- Eu não sei. Só tenho certeza do que eu estou falando.
- Como pode?
- Não sei.
- olha, talvez...

Antes de ele terminar de falar, Isabela correu para um assento no canto onde não havia nenhuma iluminação. Ela estava com as mãos nos ouvidos e gemia ansiosa.

- Isa, ta tudo bem contigo?
- Você precisa da minha ajuda? – perguntou ela com um sorriso bizarro no rosto.

Houve um impacto no avião e ela foi lançada em cima dele. O abraçou com força.

- Eu preciso de você. – disse ele.
- Precisa como? – perguntou ela
- Eu sempre te amei. Nunca reparou como combinamos?
- Porque nunca me disse? – perguntou ela num tom tremulo
- Você parecia tão apaixonada por ele. Como que eu ia te contar?
- Onde que você nasceu? – perguntou ela
- Quê?
- É perto daqui?
- Na verdade é bem longe.
- Não, seu bobo. To falando aqui do alto! Eu sabia!

Ele não estava entendendo nada e não teve tempo para pensar. Em instantes ela se lançou sobre ele e o beijou. Acabou que ele perdeu completamente o juízo e desistiu de tentar entender o que ela dizia. Ele se entregou aos beijos e inclinou o banco para trás. Ele não acreditava que aquilo estava acontecendo.
Ela levantou os braços das cadeiras e subiu em cima dele. Suas pernas bem formadas e abertas criaram uma imagem completamente irresistível para Augusto. A cada instante que se passava ele ficava mais distante de ter algum domínio sobre si e nem se preocupava.
Beijou-a com avidez e passou a mão por todo o seu corpo. A pele dela era muito macia e o gemido dela enquanto ele lhe beijava o pescoço o levava à loucura.
Ele tirou a camisinha do bolso e olhou nos olhos dela por uns dois segundos. Não era um olhar que ele esperaria. Na verdade, ela parecia totalmente fora de si. Seus olhos estavam meio fechados por baixo, o que dava nela uma sensação de insanidade.
Ela tirou as calças dele e tirou a dela. Tudo muito rápido, embora a dela fosse relativamente apertada.
Abriu a camisinha com o dente rapidamente. Abriu a boca e encheu os pulmões olhando pra ela de uma forma assombrosa, mas isso não o impediu de continuar sem controle.
Ela o levantou e o virou. Virou-se também, de maneira que ficou de costas pra ele. Sem mais preliminares, sem mais carinho. Mesmo assim, ele não hesitou. Só parou pra colocar a camisinha.
Quando ele entrou, ela deu um gemido muito alto, e todos no avião ouviram. Kimberly veio ao encontro deles, mas ao ouvir a natureza do barulho ficou sem ação. Ela não sabia o que fazer e ficou parada por uns instantes. Estava perplexa e revoltada com aquilo, mas não sabia oq eu se passava de verdade.
Voltou para a cabine e contou a Jack o que se passava. Ele também ficou perplexo, mas também admitiu não possuir, acerca disso, qualquer conhecimento que fosse relevante.
Isabela mordeu a poltrona quando Augusto começou a se movimentar mais rápido. Do banheiro, Felipe podia ouvir os sons do impacto entre eles. Ele estava, naquele momento, canalizando todo um desejo a muito tempo reprimido.
Segurou a cintura dela enquanto a penetrava com força e olhou pra cima.
Felipe começou a devanear dentro do banheiro e se imaginou no mesmo inferno do sonho. Lá, recebeu instruções: “Você precisa falar exatamente o que lhe vier na mente sem julgar. Precisa falar tudo sem ponderar. Espere dez minutos depois que o barulho parar.”
Enquanto ele esperava, aproveitou para usar o banheiro. Tinha água, então lavou o rosto e se olhou por uns instantes. Ele perdeu peso, estava com o rosto ossudo. O cabelo estava maior e mais bagunçado do que antes.
Não perdeu mais tempo observando tais coisas.
As mãos de Isabela seguravam a cintura de Augusto e faziam força, puxando-o. Ele colocou o peso do corpo sobre ela, de forma que a poltrona se curvou um pouco mais e os pés dela saíram do chão. Naquele momento, ela estava totalmente subjugada, de forma que apenas Augusto era capaz de realiza qualquer movimento.
Nesse ponto, ele pôde sentir as contrações dentro dela. Pareceu estranho ela gozar tão rápido.
As nádegas dela balançavam ao ritmo dos movimentos dele, que naquele ponto já era muito rápido. Segou a coxa dela e passou em volta do próprio corpo, de forma que a penetrava de baixo pra cima. E continuou assim até gozar. Mesmo depois disso, ainda continuou por algo próximo de um minuto por um impulso insano, até que conseguiu retomar o controle sobre si mesmo e saiu.
Sentou no assento ao lado e o desceu até o nível do outro. Ela possuía um sorriso louco no rosto. O abraçou e deu-lhe uma chave de perna.
Ele conseguiu tirar a camisinha. Deu um nó nela e jogou-a no chão.
Ficaram ali abraçados. Apesar de sua perturbação, algo como alegria tomou conta dele por conta do calor. Reparou que eles nem tiraram as blusas. Era tudo uma loucura.
Felipe saiu do banheiro e Jack foi até ele.

- Eles sempre fazem isso? – perguntou com um ar meio perturbado
- Talvez a questão deva ser: ela sempre faz isso? Na verdade ela não desgrudava do Roberto e não tinha nada com ele, pelo que eu soube.
- Quer dizer que o namorado dela morreu e ela ta transando com outro no mesmo dia?
- É o que parece...
- Mas que vadia!
- Ela é uma mulher.
- Que quer dizer com isso?
- Todas as mulheres são putas e indignas de atenção continuada.
- Que preconceito!
- É um conceito baseado em experiência. Veja com seus próprios olhos.

Kimberly fez um sinal, ao que Jack voltou para a cabine. Felipe seguiu seus impulsos e foi até os dois, ainda sem calça agarrados.

- Eu tenho uma mensagem de Deus para a guardiã do espírito do último anjo na terra.

Isabela deu um salto e, ao se ver nua, ficou vermelha. Ela se vestiu rapidamente e se ajoelhou diante de Felipe. Tentou tocá-lo, mas ele não permitiu.

- Diga. Qual é a mensagem?
- Porque você abandonou o meu filho? Não sabe que ele ainda está vivo? Pensa que eu, o salvador, permitira que ele morresse? Prepare-se para resgatá-lo!
- Posso fazer só uma pergunta, bom mensageiro?
- Faça.
- Como são os pés do teu mestre?

Felipe hesitou, mas logo lhe ocorreu algo para dizer.

- Seus pés são feitos dum metal dourado que possui brilho próprio.

Ela começou a chorar novamente, mas depois de uns dois minutos se levantou, sem, no entanto, continuar com aquele olhar louco. Foi como se, de súbito, ela tivesse recuperado sua sanidade.
Correu até a cabine e Augusto começou a falar.

- Que porra foi essa? Ta fazendo ela enlouquecer ainda mais! –gritou ele.
- Pelo menos eu não a comi num momento de fraqueza. – retrucou Felipe calmamente
- Vai se foder, cara!
- Vai foder a maluca. O que eu estou fazendo não é negócio seu, e se interferir será morto.
- Vai me matar, é?
- Não. Só vou contar o que você acabou de fazer pro Roberto. Ele te mata.

Augusto ficou em silêncio e Felipe se sentou. Ficou meditando sobre os possíveis motivos daquele evento, e repentinamente Roberto passou a interessá-lo. Seu próprio devaneio o mostrava um meio de salvá-lo?
Na cabine, Isabela pedia a Jack para dar meia volta e buscar Roberto. Depois de muito insistir, ele acabou pousando o avião num aeroporto que ficava ali perto. Precisava reabastercer.

- Não pouse aqui! Temos que ir rápido! – gritava ela
- Precisamos de todo o combustível que pudermos encontrar. O que temos não é suficiente nem pra voltar.

Isabela entendeu prontamente e começou a se preparar para dar seu auxílio.

- Peraí, Jack. Você vai mesmo voltar por causa dessa vagabunda? – disse Kimberly em inglês
- Não. Eu acho mesmo que ele ta vivo.
- Jack, nós nem sabemos se tem combustível aqui e estamos quase chegando! O que encontraremos aqui será no máximo o bastante para voltarmos até lá e ficarmos sem combustível de vez! Pensa um pouco, pelo amor de Deus!
- Não. Nós vamos voltar. Ele está vivo e nós vamos voltar.
- Porque você se importa? Nem conhece ele!

Jack olhou nos olhos dela, ao que imediatamente ela sentiu o peso das próprias palavras. Se calou e, por um certo tempo, nada falou além do necessário para cooperar com Jack.
Saíram do avião Jack, Kimberly, Isabela e depois Augusto, do qual Jack dispensou a ajuda no começou, mas depois percebeu que precisava e acabou aceitando.
Encontraram apenas muito pouco combustível ali. Provavelmente o pequeno avião que permanecia ali decolou com muita reserva a bordo. Com certeza seria suficiente para voltarem, segundo os cálculos de Jack, mas chegando lá estariam quase sem combustível. De maneira, seria uma viagem só de ida. Todos poderiam morrer junto com Roberto mesmo que ele estivesse vivo. Ele pediu um sinal à Deus enquanto preparavam-se para abastecer de forma improvisada. Mas não abriu a boca senão pra dizer o necessário.
Felipe foi despertado de sua meditação e desceu do avião.

    Pode ficar aí dentro, Felipe. - disse Augusto

Felipe olhou para ele apático e continuou andando na direção de Jack.

    Tudo bem contigo, garoto?
    Você pediu um sinal. Que é isso? Ouça a voz que existe dentro de você e não tenha dúvida. Você saberá o que fazer e quando fazer.

Jack caiu pra trás com os olhos arregalados. Geralmente ele pedia um sinal e encontrava algum simplesmente por estar procurando, mas dessa vez ele recebeu a mensagem diretamente. Ficou convicto de que aquilo acontecia por ser importante e sabia que tudo aquilo não havia sido por acaso.
Depois disso Felipe entrou no avião, tão repentinamente quanto havia saído, mas Jack passou a trabalhar com mais esforço.
Todas aquelas experiências metafísicas os estavam deixando cada vez mais perplexo, precisamente por conta das coisas aparentemente impossíveis que aconteciam. Era como se ele tivesse uma forma de saber o que as pessoas pensavam e do que precisava falar em que momento para induzi-las a fazer uma coisa ou outra. Era quase um poder divino. Seria, se não fosse pelo fato de que a fonte de informação parecia autônoma e vivia insistindo que ele não estava pronto para receber as informações da forma como elas verdadeiramente são. Que ele precisaria nascer de novo.
Isabela ouviu aquilo e iniciou um processo de auto-destruição interna. Se torturava com culpa e procurava cada mísero erro de sua vida para se perceber como desgraçada enquanto fazia as coisas. Carregou mais peso do que o normal só pra sentir a dor e até se cortou com as chaves de um carro que ali estava.
Ela pensava que tinha que sofrer por ter perdido a fé e ter sido fraca. Mais profundamente, ela se sentia culpada por tamanha traição a Roberto e especialmente à Deus. O que foi que Deus nela? Por certo estava possuída pelo diabo, que a levava em seus momentos de desespero. Veio até ela desde que a praga começou. Atormentava sua alma enquanto que possuía os corpos das pessoas. Tal era o preço de ter acesso direto à Deus, pensava ela.
E o diabo ainda a tentava a estar próxima de Augusto, sendo que ela não conseguia impedir tal atração. Cada piada sem graça que ele pronunciava para tentar animá-la lhe trazia uma alegria que era seguida por um terrível vazio.
Tudo ficou pronto em pouco tempo. Nenhum sinal de infectados por perto.
Todos embarcaram e Felipe continuava sempre na mesma posição na cadeira.
Kimberly se perguntava sobre como ele podia ficar tanto tempo parado sem fazer nada. Parecia loucura. O que ele estaria pensando.
Ela se interessava muito por ele, mas nunca teve coragem de falar com ele direito. Ela sentia como se ele detestasse as pessoas e, no entanto, não tivesse nada contra elas. Como se o problema dele com todas as pessoas não fosse nada pessoal. Ele não parecia ser do tipo que guarda mágoa, mas nem carinho. Ele se negava a todo o tipo de contato e tinha ma barreira que, para ela, parecia totalmente intransponível. Ele nem se importou com o fato de que ela ficou alguns segundos olhando pra ele. Mas ele percebeu.
Isabela e Augusto conversavam, mas ninguém se importava com o que falavam. Na verdade, estava generalizado o desprezo pelos dois. Felipe por desprezar a todos e os outros por conta do que fizeram.
Depois de um tempo Augusto pareceu triste e saiu de perto de Isabela. Aparentemente, ela estava querendo se livrar dele. Foi até a cabine e pediu a Jack que não contasse nada. Ele negou, mas ela insistiu e disse que queria contar ela mesma. Ele acabou cedendo e disse isso a Kimberly, que não cedeu de verdade, mas fingiu pra ela parar de insistir. Passou a Desprezar Isabela tão profundamente que não queria tê-la por perto.
Felipe alegou ser indiferente a essa questão, mas diante a insistência dela concordou em não mencionar nada. Acrescentou ironicamente: vou contar a versão cor de rosa da história.
Augusto ficou melancólico e voltou a falar com ela e insistir. O clima na nave estava péssimo. No meio daquilo tudo, Jack conseguiu perceber uma enorme massa de Infectados próximos ao aeroporto. Por certo ouviram o som do avião, mas, por algum motivo, não atacaram. Se convenceu de que aquilo era um sinal de Deus e sorriu. Voaram de volta e, como as únicas provas do que houve eram uma camisinha abandonada no chão e a marca da boca dela numa poltrona, ao saírem foi como se, momentâneamente, nada tivesse acontecido.

-    Vou te contar, maluco, tu deve ser bom de cama mesmo. – disse ele
-    Quê?
-    Tua mulher fez um escândalo no avião e fez a gente voltar aqui atrás de você.
-    Ela fez isso?
-    Bonitinho, né? Só que temos um pequeno problema. O motor do avião acabou de estragar. Vamos todos morrer. Não é romântico.
-    Tem um trailer nos fundos da casa. Talvez possamos usar ele.

Na verdade Felipe sabia que ninguém iria morrer, mas queria testar Roberto. Queria saber se tais alucinações também o influenciavam para ele ter consciência de algo do que estava acontecendo. Seu desprezo pelas mulheres aumentou muito quando ele percebeu com quanta falsidade Isabela simplesmente fingia que nada havia acontecido.

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